O que passou e nos transformou...

31 de dezembro de 2020

...Não vamos esquecer!


Para quem - assim como eu - já assistiu Frozen II inúmeras vezes, sabe que esse é um trecho da canção que Anna e Olaf cantam logo no começo da animação.  A canção basicamente fala sobre mudanças, sobre o passado e o futuro.


Parando para pensar, esse pequeno trecho diz muito sobre esse ano que passou. 2020 sem dúvidas foi o ano mais longo, mais assustador e mais transformador de todos os tempos. Não tem como negar que vamos sair dele diferente do que éramos antes. Alguns porque perderam demais, outros porque não perderam quase nada.


Mas não quero pensar demais no que passou, agora mesmo acabei apagando dois parágrafos pois estava ficando muito melancólica e minha intenção era de transmitir uma mensagem diferente nesse último post de 2020.


Então não é querendo apagar ou esconder o que de ruim aconteceu - pois tudo faz parte da nossa trajetória aqui - mas hoje eu quero focar na esperança, na fé, na gratidão.

Há quem diga que é tolice ter esses tipos de sentimentos em dias tão sombrios como os de ultimamente. Eu discordo.


Esperança e fé de que tudo vai melhorar é o que me fez continuar. Pensar que logo essa fase ruim vai acabar é o que me dá forças para não desistir dos sonhos que tenho. E é muito importante não abrir mão dos planos que se tem.


Nesse último dia desse ano que pareceu ter mil anos dentro dele, eu quero te desejar muita esperança. Não desista do que faz seu sorriso brotar espontaneamente. Tudo que aconteceu de ruim esse ano vai acabar e o que ficou servirá de alicerce para sermos ainda melhores daqui para frente. Tenha fé, e quando eu falo de fé, não me refiro à fé religiosa, somente. Tenha fé naquilo que te faz bem, seja Deus, seja deuses, seja os cosmos. Sua fé é somente sua e quando acreditamos em algo genuinamente, com nosso coração, tudo dá certo. E, mesmo que possa parecer besteira (ou qualquer outra coisa negativa) tenha gratidão. Por poder respirar, por poder ver o pôr do sol  mais uma vez, por poder escutar sua música preferida de novo e de novo e de novo. 


Que 2021 seja um ano melhor. Mais leve, mais tranquilo, mais feliz.


Foto: Emy Teranishi
Que floresça tudo o que nos faz feliz!



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Tá tudo meio "coisado"

4 de setembro de 2020

www.mindful.org


Eu sei que não existe essa palavra em qualquer dicionário, mas vou tentar explicar o que é.


Dia atrás (que eu já não sei se foi ontem ou mês passado), eu acordei - mas parecia que não tinha acordado. Me troquei, fiz o café, fui pro trabalho, voltei pra casa, deitei e dormi. No outro dia (que pode ter sido o dia seguinte ou não, já não sei mais), acordei diferente, com a sensação de que podia mudar o mundo, só que ao longo do dia, essa sensação foi murchando igual aos balões que trazia das festas quando era criança.


E isso meio que virou um boomerang, igual o efeito do instagram. E como se isso não bastasse, minha cabeça - melhor dizendo: a voz dentro dela resolveu me fazer um monte de perguntas e infelizmente eu não tenho resposta alguma para dar. Não sei se estou sendo clara - ou se isso está fazendo algum sentido - de qualquer maneira, me disseram que temos que colocar para fora o que não nos deixa dormir em paz.


Então aqui estou, numa tentativa meio desordenada de pôr ordem no caos que é o meu interior. Escrever é terapêutico e sempre foi algo que eu gostei de fazer, mas ultimamente tenho a impressão de que nada do que digito parece bom ou autêntico o bastante. É como se eu mesma estivesse criticando minha maneira de transcrever o que penso. Loucura minha ou isso acontece com as outras pessoas também? É reflexo do ano maluco de 2020 ou será que eu preciso mesmo procurar um terapeuta? 


Eu sei que a vida é assim, feita de altos e baixos e que tudo passa. Mas, como passar por tudo isso sem querer se enfiar num buraco e nunca mais ver a luz do dia? 


Às vezes abro o google e fico esperando aparecer alguma resposta ali nas pesquisas, mas no fim acabo em vídeos aleatórios de filhotes fofinhos.


E acho que essa é a definição de quando quero dizer que tá tudo "coisado". É um grande sentimento tentando caber numa pequena bolha.



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Os últimos assistidos

3 de agosto de 2020

De documentário à filme clichê, andei assistindo bastante coisa nesses últimos tempos, como acabei comentando no meu desabafo último post.

O lado bom de tudo isso é que, apesar de tudo o que está acontecendo, ainda consigo ter um momento de sossego, um momento de paz. Depois de colocar a Harumi para dormir (só dá para assistir filmes que não seja Frozen II ou Moana quando ela dorme, haha), eu me enrolo nas cobertas, faço um chá e curto esse tempo livre. Todo mundo tem que ter esse momento, sabe? Um momento de bobeira para se desligar do mundo, mesmo que ele esteja todo problemático lá fora.

Séries documentais

Reprodução: Netflix
"Mistérios Sem Solução" - Reprodução: Netflix
Reprodução: Netflix
"Casos Arquivados" - Reprodução: Netflix
1- Mistérios sem Solução 
2- Casos Arquivados

Pareço o tipo de pessoa que só assiste dorama e comédia romântica, mas tenho esse lado interessado em casos policiais, pois é. Esses dois últimos documentários eu assisti na Netflix. Depois de uma breve pesquisa, descobri que há mais temporadas de ambos (na Netflix só tem 1 temporada para cada), mas para quem gosta do tipo, não é tão ruim. Em Mistérios sem solução acompanhei 6 casos e, pelo que eu vi, somente um foi solucionado, quase uma década depois. No final de cada episódio aparece um site, onde as pessoas podem mandar pistas sobre os crimes, algumas sendo bastante promissoras. Não sei se algum caso foi solucionado (ou se chegou perto de ser depois do lançamento da série), mas espero que isso renove as esperanças das famílias das vítimas. Já em Casos Arquivados, mesmo que o título dê a impressão contrária, no fim temos os casos sendo resolvidos. Tudo bem que muitos levaram 10, 15, 20 anos para serem solucionados, mas os criminosos pagaram pelos seus crimes no fim, pelo menos. E é assustador perceber que muitas vítimas conheciam seus assassinos, algumas sendo da própria família, aliás. 

Comédia romântica

Reprodução: Netflix
"A barraca do Beijo - 1" - Reprodução: Netflix
Reprodução: Netflix
"A Barra do Beijo - 2" - Reprodução: Netflix
1- Barraca do Beijo 1 e 2

Certo, para acabar com o clima pesado que ficou, vamos falar desse romance adolescente clichê. Todo mundo que assistiu sabe que não estou exagerando: é clichê. Menina não tão popular conquista o cara mais popular do colégio? Clichezão. Mas fazer o quê, a gente gosta, né? E é como eu comentei com minha irmã, faz bem assistir esses filmes de vez em quando sim. Eu não assisti o primeiro na época que foi lançado porque ele estava em hype e às vezes eu evito cair na onda para não me deixar influenciar demais. Mas agora lançaram o 2 e eu pensei: "ah, vamos ver qual é desse filme". E bom, é o tipo de filme que você assiste, dá risada, torce pelo casal (ou não) e quando acaba fica com aquele sorrisinho bobo nos lábios. Então eu indico para dar aquela leveza no final de semana. (E para quem já assistiu... Team Marco ou Team Noah? 😊)

Ação

Fonte: Papel Pop
"Projeto Gemini" - Fonte: Papel Pop
Fonte: Omelete
"As Panteras" - Fonte: Omelete
1- Projeto Gemini
2- As Panteras (2019)

E para quem não está no clima de romance, temos filme com tiros, porrada e bomba, também. Eu sou super fã do Will Smith e talvez seja muito suspeita para falar, mas não podemos negar que todos os filmes que ele faz são ótimos. Certo, talvez aquele que ele faz com o Jaden não seja tão bom assim, mas sempre tem uma exceção, né? Projeto Gemini entrega o que promete: ação. E ação também temos em As Panteras, só que com um toque de Girl Power. De todos, acho que gostei muito mais desse. E Kristen Stewart me surpreendeu, com uma boa entrega ao personagem (OK, falei como uma crítica de cinema, mas é só o jeito de falar mesmo).

E por aí, o que vocês andam assistindo? Depois volto com mais indicações!

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Vivendo (ou sobrevivendo) | Life Diary

21 de julho de 2020

Um papo sobre a vida real em tempos de pandemia: já troquei o manequim 36 por 38, já passei do medo para raiva, já não sei se tô surtada ou de boa (um pouco dos dois, talvez).

Já me acostumei a usar a máscara, já acostumei a limpar todas as compras com álcool, já acostumei a lavar a mão toda hora. Só não acostumei ainda com a falta de empatia do ser humano. Eu tenho uma filha asmática. Minha sogra e meu pai são fumantes. Vivo constantemente com medo dessa doença e acho uma sacanagem (para não usar outro palavrão) essas pessoas que dizem: "o que é esse tanto de morte perto da população total do Brasil?". Me pergunto se essa pessoa se importaria se, no meio dos números de mortos, algum fosse da família dele. Fico ainda mais indignada quando vejo que tem gente se achando "intocável" demais para se cuidar. É de querer se mudar para outro planeta, de verdade.

Eu já não assisto mais os jornais. E quando, sem querer acabo vendo, passo raiva. Por outro lado, fico com esperança no futuro quando vejo solidariedade no meio do caos. Eu sei que não vai mudar o mundo eu evitar as notícias ruins, mas pelo menos o meu dia fica mais leve. Eu sou uma pessoa muito, muito emotiva. Qualquer notícia ruim tem o poder de destruir o meu dia. Se eu ver algum animalzinho morto, por exemplo, atropelado no meio da rua, eu fico péssima o dia inteiro. 

Para compensar essa instabilidade do novo normal, procuro assistir filmes nos finais de semana. Ou simplesmente durmo e não faço nada. Tomo sol no quintal com a família, brinco com a Harumi. E ainda no meio de tudo isso, percebo como o tempo passa rápido demais e que às vezes parece que estou perdendo alguma coisa, algo que ainda não consigo ver.

E assim vão se indo os dias. Em alguns eu só quero que ele acabe logo, em outros faço planos para o futuro, que eu não sei se está perto ou longe.

Foto: Emy Teranishi
Saudades de ir para parques tirar foto da natureza

Desculpem o desabafo. Eu, que sempre tentei não me influenciar pela negatividade, acabei aceitando que temos que abraçar nosso lado sombrio, pois nem tudo é maravilhoso o tempo todo. É algo natural, no fim. Sentir medo, raiva, tristeza. Ignorar esses sentimentos 'ruins' não vão faze-los desaparecer. Então a gente sente, a gente expressa da maneira que consegue e depois deixa ele ir embora. 


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The Last Days

19 de junho de 2020


Foto: Emy Teranishi
Os últimos dias por aqui têm sido assim, preguiçosos como o Panthro. Bem, na verdade, nem todos os dias são tão calmos assim, mas não vamos nos atentar a isso. 
Ando viciada nesse filtro do Instagram <3

E o que vocês andam fazendo nesses últimos dias?

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ser mãe

11 de maio de 2020


É mais do que tudo que eu imaginei. É mais do que ouvimos e vemos por aí. É uma experiência única, maravilhosa para algumas, assustadora para outras, mas igualmente surpreendente para todas.

Quando a gente se torna mãe, tudo muda. É o velho clichê, mas ele nunca foi tão verdadeiro. Novas preocupações, novos sentimentos, uma nova versão de você. Uma versão melhorada, mesmo que você não sinta isso logo de inicio.

Aliás, o inicio é tudo tão intenso! O momento que você descobre que agora é responsável por um outro ser humano além de você. Que aquela barriga que começa a crescer abriga um coração que bate mais forte do que tudo, mesmo que tenha o tamanho de uma laranja. Você passa a comer melhor, porque não quer que o bebê seja afetado. (Eu deixei de comer chocolate, de beber refrigerante e café).

Ai depois da fase do "Oh meu Deus, estou grávida!", vem a fase de incertezas.
"Será que vou ser uma boa mãe?"
"Será que vou saber o motivo do choro do meu filho?"
"Será que não vou surtar?"
Bom, a última questão eu te garanto que a resposta é sim, você vai surtar. Vai chorar de felicidade, medo e gratidão, ao mesmo tempo.

E como se não bastasse, vem o tão esperado momento de dar a luz. "Será que minha bolsa vai estourar no meio do supermercado como nos filmes?". E pode ter certeza que, quando falam que a dor do parto é sem igual, eles falam a verdade. Mas não tenha medo, o que vem depois faz você esquecer toda a dor (mesmo que ela tenha durado umas 18 horas, como a minha).

Enfim o seu bebê está no seu colo. Não importa que ele tenha o rostinho enrugado. Não importa que você esteja descabelada e fraca, porque você só consegue olhar para aquele pequeno ser e só consegue pensar: "Meu Deus, é meu filho, saiu do meu ventre. E agora ele precisa de mim para tudo".

É a melhor sensação do mundo poder olhar ele dormindo, sentir sua respiração, tocar na sua mãozinha.

E eu poderia ficar aqui e escrever umas mil páginas sobre a jornada que é ser mãe, mas para resumir, ser mãe é:

  • Não ter mais hora certa para dormir, comer, tomar banho.
  • Ouvir a palavra "mãe" a cada 5 segundos.
  • Pisar em peças de lego no meio da noite e não poder xingar porque seu filho acabou de dormir.
  • É ter paredes riscadas
  • É ter que carregar uma bolsa super equipada como se fosse passar um final de semana fora, quando na verdade você só vai ao shopping
  • É ter que virar filha da sua filha, comer num restaurante imaginário onde o prato custa R$ 500, ser cobaia de uma médica que quer arrancar seu dedo sem anestesia.

E o mais importante, ser mãe é uma escolha de cada uma e não existe essa história de que uma pessoa só é feliz quando se torna mãe. Eu escolhi ser e aceitei tudo o que vem no pacote, e sou grata por tudo o que essa escolha me deu. Se você não quer ser mãe, tá tudo bem também. É preciso ter empatia e perceber que a realidade é diferente para todo mundo e o que mais importa, é o respeito pelas nossas escolhas e pelas escolhas do próximo!

Então, para as que já são mães, para as que serão, para as avós que são mães, para as mães de pet... Não importa quem você seja, o que importa é o amor que você dá! Feliz dia mês das mães (só porque postei com um pouquinho de atraso) 
Mini Emy

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