Mostrando postagens com marcador Desabafos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Desabafos. Mostrar todas as postagens

A vida como ela é

9 de outubro de 2024

Você vai ter sonhos. Todo mundo tem um sonho. Algumas pessoas vão conseguir realiza-los e talvez percebam que o sonho não era tão bom assim, mas pelo menos vai saber que tentou, enquanto outras passarão o resto dos seus dias pensando "e se". Algumas pessoas - pouquíssimas - irão torcer verdadeiramente por você nessa busca e algumas - provavelmente a maioria - estarão torcendo para dizer "eu te avisei que não ia dar certo."

Você vai descobrir que nem todo mundo é seu amigo de verdade. Muitas pessoas só vão te enxergar como amigo no momento favorável para elas, no momento em que tudo é fácil e alegre. Mas quando você estiver vulnerável, no seu pior momento, quase ninguém vai calçar seus sapatos e refazer o seu percurso, só irão apontar seus defeitos e dizer que você não merece uma segunda chance. E infelizmente, algumas pessoas irão te odiar quando você se afastar - você se tornou a vilã ingrata na história que eles irão espalhar para todo mundo.

Ninguém quer escutar seus problemas. Porque eles estão cheios dos seus próprios problemas e traumas e é muito mais fácil reclamar e praguejar do que conversar e procurar resolve-los. Se alguma coisa te chatear e você for contar o que te aflige, vão tentar te convencer que você está sendo dramática e infantil. E no fim você vai acreditar nisso e nunca mais vai falar sobre o que sufoca seu coração.

Não dá para salvar o mundo inteiro. Mas você vai querer. Vai querer que ninguém mais chore, que ninguém mais sofra, que não exista mais escuridão revirando o estômago das pessoas que você ama. Só que você não vai conseguir, não por falta de tentar, mas porque é humanamente impossível.  E talvez você deva parar de se culpar por isso.

Haverá momentos dolorosos. Momentos em que você irá desejar sumir. Momentos em que seus demônios interiores irão te atormentar a ponto de ser impossível respirar direito. Não haverá ânimo, não haverá alegria, nada vai parecer bom. Você não vai se sentir boa ou bom o bastante. Ficará se perguntando "por que eu nasci?" ou "qual é o meu propósito nessa vida?". Haverá esse grande vazio te sondando por muito, muito tempo.

A vida é assim. Sem filtro, sem efeitos especiais, sem mágica

Mas, ainda assim, a vida é boa. É boa porque existem pessoas que estão do nosso lado independente dos nossos defeitos e existem pessoas pelas quais movemos montanhas, rios e mares se for preciso. É boa porque Deus existe e escuta nossas preces - e quando falo de Deus, não estou falando sobre religiões. É sobre a força maior na qual seu coração acredita e confia. É boa porque existem motivos para que ela seja boa: o som do vento nas árvores, o cheiro de chuva, filhotinhos fofos, uma música, uma banda, um lugar.

Aprendi que a vida é como ela é: às vezes ruim, mas nem sempre ruim. Às vezes boa, mas nem sempre boa. Acho que no fim, só cabe a cada um de nós escolher como vamos vive-la.

Fonte da imagem: pixabay

Atenção: esse post está carregado de sentimentos próprios. Obrigada por ler até aqui ♥

Sobre despedidas...

19 de setembro de 2024

Às vezes, são fáceis demais. Como se tirassem um peso dos nossos ombros.
Às vezes nos matam por dentro. Dói e destrói aos poucos.

Todo mundo já teve esses tipos de despedidas.

Mas existe um outro tipo de despedida, uma com um sabor agridoce: dói, mas não destrói. Alegra, mas faz chorar.

Essa semana eu me despedi da minha pessoa preferida no mundo para que ela pudesse realizar o seu sonho. E eu choro de saudades, mas não estou triste, porque ela está feliz. É loucura, não é mesmo? Mas acho que esse é o papel da irmã mais velha. É ver aquele ser pequeno e indefeso crescer e se tornar uma pessoa com sonhos e vontades, e tudo o que você mais quer no mundo é que ela alcance os seus objetivos.

Mesmo que para isso ela tenha que cruzar o oceano.

Eu nunca fui boa com palavras. As que precisam ser ditas em voz alta, sabe? 
Mas, se eu pudesse transcrever o que sinto nesse momento, eu te diria: você fez tudo certo, minha pequena. Você venceu todas as batalhas que achou que não venceria. Você é luz, você é enorme, você é um universo inteiro de coisas lindas e maravilhosas. Tudo e todos que um dia te machucaram não são nada perto do que você se tornou. Deus te colocou na minha vida porque Ele sabia que eu precisaria de uma amiga como você. Seu coração é tão bondoso e sua alma brilha, mesmo com falhas - porque nós todos somos assim. Obrigada por estar na minha vida, eu te amo uma galáxia inteira.

Seja intensamente feliz, maninha. Eu vou estar aqui, todos os dias torcendo e vibrando por você.
Sinto saudades todos os dias - e nem são muitos ainda, mas estou muito feliz por ti

fonte: pixabay



Faça o teu melhor...

1 de novembro de 2023

 "Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!" - Mario Sérgio Cortella.

Eu sempre gostei muito dessa frase, mas nunca coloquei ela em prática. Até hoje, pelo menos. Percebi que todos os planos - pelo menos os ligados ao mundo virtual - só estavam ficando na minha cabeça, porque até então, eu estava esperando ter tempo, criatividade, inspiração... E assim eu ficava só esperando o momento certo para voltar com o blog, para gravar vídeos e etc...

Mas, será que existe esse tal de momento certo que surge magicamente? Eu acho que só nos filmes mesmo. 

Tudo na vida é resultado dos pequenos esforços que fazemos todos os dias. Se ficarmos esperando pelo tal do momento certo, talvez nunca iremos realizar nossos sonhos. É preciso ter fé e coragem. Aos poucos, dando um passo de cada vez, ficamos mais próximos dos nossos objetivos.

Pode dar certo ou pode não dar. Mas uma coisa é certa: só dá para saber se tentar.

Então, tentando colocar em prática o que Cortella disse, cá estou. Redigindo textos aleatórios, planejando vídeos, tirando fotos... Tentando reanimar uma parte esquecida de mim.

Até breve 💮

Seja como um girassol ♥


Desistir...?

22 de agosto de 2023

Às vezes eu sinto como se eu estivesse em um grande navio. Nele, tudo é estável, tudo é calmo e bonito. O mar agitado não abala suas estruturas; ele continua navegando rumo ao seu destino. O céu acima é sempre limpo, o sol sempre brilha e de noite, as estrelas formam lindas constelações.

Mas então, sem aviso nenhum, sou arremessada ao mar. Sem colete, sem suprimentos, apenas eu em um pequeno bote salva vidas. E ali, diante da imensidão do mar, sou apenas uma partícula de nada. Um amontoado de ossos, carne e sentimentos, que não consegue enxergar terra firme em nenhuma direção que os olhos conseguem ir.

A água salgada não serve para matar a sede. Os braços fracos não conseguem remar. O grito de socorro não chega a lugar nenhum.

Diante de toda essa situação, só o que consigo pensar é em desistir. E por alguns minutos (ou horas, ou meses, enfim) é o que eu faço. Desisto de tudo. Fico à deriva apenas existindo.

Depois de muito tempo, sou resgatada. Mas não estou em terra firme. Estou no navio novamente. E sei que vou estar segura, mas sei que logo voltarei para o pequeno bote. Não sei quando, nem sei como. Só sei.

Porque essa é a vida.

Em alguns dias, a vida é o navio e em outras, ela é o bote. O mar são os nossos sentimentos, desde os superficiais até os mais profundos, ora tão calmos, ora tão revoltos. E a fé é aquilo que não nos deixa desistir de vez. Nesse contexto, ela pode ser a âncora, a vela, o vento, o remo. 

Ela é aquilo que me mantém, seja ela o que for.






Uma Breve Retrospectiva & um pedido

31 de dezembro de 2021

Uau. Fazem meses que não escrevo - e no momento me sinto um pouco perdida. Não é como se eu não tivesse tentado voltar antes, ao longo de 2021, mas é que parecia que nada do que eu tinha para escrever fosse servir para alguma coisa.


Mas, como diria minha amiga Clau, é preciso colocar para fora nossos pensamentos. Escrever sempre foi algo natural para mim, mas parece que isso se perdeu em algum lugar muito obscuro dentro do meu subconsciente. Culpa da pandemia? Muito provavelmente. Diante de tantos acontecimentos ruins, a gente acaba se abalando um pouco e perdendo nosso brilho, nossa vontade de fazer as coisas simples que gostávamos de fazer.


Mas olhando agora, eu percebo que não podemos deixar esses momentos ruins nos transformar em pessoas frias. Não podemos perder nossa fé nem podemos deixar de lado as pequenas coisas que nos fazem ser quem somos.


Então, nessa breve retrospectiva, gostaria de embutir um pedido a quem ainda acompanha esse blog: não perca sua fé. 2022 será um ano melhor, vamos manter isso em mente, mesmo que pareça muito difícil.


E por aqui, não tivemos grandes novidades, mas em 2021... 

Fiz três novas tattoos;

adotamos uma coelha;

coloquei aparelho nos dentes;

compramos nosso carro;

Harumi começou a comer queijo;

comecei a faculdade;

Não li nenhum dos livros que ainda estão na prateleira desde 2019.


E é tudo, mas não exatamente nessa ordem.


2021 foi para mim o que ele tinha que ser. Agradeço a Deus por cada dia vivido, por cada batalha vencida e cada vitória conquistada. E de 2022 só espero o melhor.


Que o mal, a tristeza e tudo que for ruim sejam banidos de nossos dias nesse novo ano que vai se iniciar. Feliz 2022!


onde queria estar - apreciando o por do sol na beira do mar


O que passou e nos transformou...

31 de dezembro de 2020

...Não vamos esquecer!


Para quem - assim como eu - já assistiu Frozen II inúmeras vezes, sabe que esse é um trecho da canção que Anna e Olaf cantam logo no começo da animação.  A canção basicamente fala sobre mudanças, sobre o passado e o futuro.


Parando para pensar, esse pequeno trecho diz muito sobre esse ano que passou. 2020 sem dúvidas foi o ano mais longo, mais assustador e mais transformador de todos os tempos. Não tem como negar que vamos sair dele diferente do que éramos antes. Alguns porque perderam demais, outros porque não perderam quase nada.


Mas não quero pensar demais no que passou, agora mesmo acabei apagando dois parágrafos pois estava ficando muito melancólica e minha intenção era de transmitir uma mensagem diferente nesse último post de 2020.


Então não é querendo apagar ou esconder o que de ruim aconteceu - pois tudo faz parte da nossa trajetória aqui - mas hoje eu quero focar na esperança, na fé, na gratidão.

Há quem diga que é tolice ter esses tipos de sentimentos em dias tão sombrios como os de ultimamente. Eu discordo.


Esperança e fé de que tudo vai melhorar é o que me fez continuar. Pensar que logo essa fase ruim vai acabar é o que me dá forças para não desistir dos sonhos que tenho. E é muito importante não abrir mão dos planos que se tem.


Nesse último dia desse ano que pareceu ter mil anos dentro dele, eu quero te desejar muita esperança. Não desista do que faz seu sorriso brotar espontaneamente. Tudo que aconteceu de ruim esse ano vai acabar e o que ficou servirá de alicerce para sermos ainda melhores daqui para frente. Tenha fé, e quando eu falo de fé, não me refiro à fé religiosa, somente. Tenha fé naquilo que te faz bem, seja Deus, seja deuses, seja os cosmos. Sua fé é somente sua e quando acreditamos em algo genuinamente, com nosso coração, tudo dá certo. E, mesmo que possa parecer besteira (ou qualquer outra coisa negativa) tenha gratidão. Por poder respirar, por poder ver o pôr do sol  mais uma vez, por poder escutar sua música preferida de novo e de novo e de novo. 


Que 2021 seja um ano melhor. Mais leve, mais tranquilo, mais feliz.


Foto: Emy Teranishi
Que floresça tudo o que nos faz feliz!



🍃



Tá tudo meio "coisado"

4 de setembro de 2020

www.mindful.org


Eu sei que não existe essa palavra em qualquer dicionário, mas vou tentar explicar o que é.


Dia atrás (que eu já não sei se foi ontem ou mês passado), eu acordei - mas parecia que não tinha acordado. Me troquei, fiz o café, fui pro trabalho, voltei pra casa, deitei e dormi. No outro dia (que pode ter sido o dia seguinte ou não, já não sei mais), acordei diferente, com a sensação de que podia mudar o mundo, só que ao longo do dia, essa sensação foi murchando igual aos balões que trazia das festas quando era criança.


E isso meio que virou um boomerang, igual o efeito do instagram. E como se isso não bastasse, minha cabeça - melhor dizendo: a voz dentro dela resolveu me fazer um monte de perguntas e infelizmente eu não tenho resposta alguma para dar. Não sei se estou sendo clara - ou se isso está fazendo algum sentido - de qualquer maneira, me disseram que temos que colocar para fora o que não nos deixa dormir em paz.


Então aqui estou, numa tentativa meio desordenada de pôr ordem no caos que é o meu interior. Escrever é terapêutico e sempre foi algo que eu gostei de fazer, mas ultimamente tenho a impressão de que nada do que digito parece bom ou autêntico o bastante. É como se eu mesma estivesse criticando minha maneira de transcrever o que penso. Loucura minha ou isso acontece com as outras pessoas também? É reflexo do ano maluco de 2020 ou será que eu preciso mesmo procurar um terapeuta? 


Eu sei que a vida é assim, feita de altos e baixos e que tudo passa. Mas, como passar por tudo isso sem querer se enfiar num buraco e nunca mais ver a luz do dia? 


Às vezes abro o google e fico esperando aparecer alguma resposta ali nas pesquisas, mas no fim acabo em vídeos aleatórios de filhotes fofinhos.


E acho que essa é a definição de quando quero dizer que tá tudo "coisado". É um grande sentimento tentando caber numa pequena bolha.



🍃

Não seja tão boa

19 de abril de 2020

Uma coisa que eu sempre ouvi (e não apenas de uma pessoa, mas de muitas que conheci ao longo dos anos) foi: "não seja tão boazinha". Acho que a primeira vez que ouvi isso foi na primeira série. Eu sempre fui o tipo de pessoa que não se importava de ajudar o próximo. Na época de escola, eu desenhava para meus amigos na aula de educação artística. Emprestava minhas canetas de gel (que pelo menos na minha turma naquela época era tipo "raridade"). Sempre dava uma parte do meu lanche para quem pedia.

Só que, quando eu era mais nova, não sabia definir limites e às vezes, algumas pessoas se aproveitavam da minha bondade. E no fim, eu sempre saía como a boba da história.

Sei que as pessoas que me deram esse conselho, na verdade, só queriam o meu bem. Todas elas eram minhas amigas. Nem todo mundo é como você, elas me diziam. Nem todo mundo faria o mesmo, repetiam.

Só que, mesmo sabendo que aquilo era verdade, eu não conseguia agir diferente. Uma vez, indo trabalhar, achei um celular na escada rolante do metrô. Como era aquele celular "tijolão", eu consegui acessar a agenda e encontrei o contato "casa" (todo mundo tem esse contato, não é? rsrs) e avisei que tinha encontrado o aparelho no metrô. A pessoa do outro lado pareceu um pouco desconfiada, mas combinamos de nos encontrar no mesmo lugar no final da tarde, quando eu saísse do meu trabalho. 
Quem me encontrou foi a esposa do dono do celular, ela me confessou que não estava acreditando que eu estava devolvendo porque "qualquer pessoa teria ficado com ele" e que estava aliviada, pois aquele aparelho era do trabalho do marido dela, e ele provavelmente teria que pagar do bolso caso não tivesse o recuperado. 

Quando eu me lembro desse fato, a sensação que tenho é a de gratidão. Muita gente próxima me chamou de burra por ter devolvido o celular, porque se tivesse sido o meu, ninguém iria me devolver. Mas quer saber? Eu não me arrependo nem um pouco e faria de novo e de novo e de novo, sem pensar duas vezes.

Isso aconteceu há uns 12 anos atrás e de lá para cá eu aprendi que, não tem nada de errado em ser boa. Se alguém se aproveita disso por maldade, então o problema é no caráter da outra pessoa, não na nossa. Afinal de contas, somos responsáveis somente pelas nossas escolhas e pelas consequências delas, sejam elas boas ou ruins. 

Bondade é uma virtude que muitos enxergam como defeito ou fraqueza, e por um tempo eu realmente achei que isso era um defeito. Mas hoje eu sei que não é. 
A bondade disfarçada, aquela que praticam com a intenção de alimentar o ego ou de tirar algum proveito, essa sim é um defeito.

Então se você já ouviu essa mesma frase e se sentiu culpada, não se sinta. Sua bondade e gentileza, mesmo que pequena, pode fazer o dia de alguém muito melhor
Have courage and be kind

🍃



Em meio ao caos

6 de abril de 2020

Edwin Hooper - Unsplash
Todos estamos tentando não perder o controle. Tentando manter a fé e a esperança inabalável. (Eu diria que é um termo bem forte, porque às vezes é difícil não dar aquela balançada). Mas é como diz o ditado, vivendo um dia de cada vez.

Hoje, segunda feira dia 06/04 começa mais uma semana em casa por aqui. Já tentei fazer alguns cursos online e acordar cedo, mas não tenho tido muito sucesso. E isso me fez pensar no tanto de gente que deve estar se sentido da mesma maneira, meio que "perdido feat frustado" por não conseguir ser produtivo nesse período.

E quer saber? Não há problema nenhum.

Caramba, pensa comigo. Estamos em meio a uma pandemia, uma incerteza sobre o amanhã ronda nossa porta pelo menos uma vez ao dia e é claro que nossa mente não vai ficar tão inspirada nesse tempo. Eu admiro quem consegue, mas admiro quem também não consegue e não deixa isso o abater. Cada um tem um ritmo e uma maneira de encarar a vida.

Eu por exemplo, tentei virar master chef e o máximo que consegui fazer de diferente foi panqueca de banana. Tentei aprender Lettering, mas descobri que minha paciência é igual a 0. Mas em compensação, consegui assistir alguns filmes que estavam na minha lista há muito tempo, como Okja e Bright. Aliás, não sei como pude demorar tanto para assistir essas duas preciosidades. Ah, um outro filme que assisti e me deixou bem reflexiva é a novidade que todos tem falado muito, O Poço. Tem tudo lá na Netflix.

A leitura tá mais ou menos. Ainda tem uma pilha com uns 20 livros para serem lidos. Não me culpe, a lista seria menor se não existisse tanta promoção de livros por aí. #RindoMasComRespeito

E esse post foi mais como um desabafo em um diário do que um post útil, rs. Espero que todos estejam bem, em segurança, produtivos ou não, surtados ou não.

Isso logo vai acabar e tudo vai ficar bem
Dayne Topkin - Unsplash
🍃

Para todas as versões de mim que já existiram um dia.

30 de janeiro de 2020


Talvez em algum outro momento, eu odiaria tudo o que vocês fizeram no passado.

Ter começado a namorar cedo. Ter parado de estudar para depois ter que fazer supletivo. Não ter feito aquele intercâmbio aos 17. Não ter juntado dinheiro. A tatuagem de carpa.

Todas essas e outras escolhas erradas, as lágrimas derramadas por bobagens, a falta de confiança, pelas auto sabotagens diárias - eu xingaria cada uma de vocês por isso.

Mas hoje em dia eu compreendo. Mais do que isso, eu perdoo.

Por muito tempo fiquei remoendo esses 'erros', não estava conseguindo seguir em frente porque ficava pensando: "ah se eu tivesse feito assim no passado". E de tanto pensar no que fizemos e no que deixamos de fazer, estava me esquecendo de viver o agora.

Sabe aquele velho ditado que diz que, "águas passadas não movem moinhos"? Ele nunca fez tanto sentido para mim depois que percebi que, ao invés de ir para frente, estava estagnada no sentimento de frustração.

Chegou um momento em que eu só sabia pensar que minha vida poderia estar diferente hoje, se a minha versão dos 11 anos não tivesse parado o curso de inglês ou se a minha versão dos 15 anos tivesse pensado melhor e tivesse se afastado de pessoas que não me levariam para lugar nenhum.

Mas então a vida me mostrou, da melhor maneira, que o passado deve ficar no passado. E que, se eu não tivesse cometido esses supostos erros, eu não estaria onde estou hoje, com a família mais incrível do universo inteiro. Eu não poderia agir diferente antes, porque não tinha o mesmo pensamento que tenho hoje.

Descobri que isso se chama 'evoluir'.

E no processo interminável de evolução, a gente passa a entender que todos cometemos erros e que temos que aprender a lidar com isso. Também começamos a entender que cada um possui seu próprio ritmo e maneira de levar a vida. E acima de tudo, aprendemos a perdoar a nós mesmos por não sermos 'perfeitos'.

Então, eu termino essa carta libertando todas vocês da culpa e do ressentimento. Eu as perdoo, eu as compreendo e eu as agradeço por tudo que fizemos até o exato momento de agora.

A jornada ainda é longa e, se o universo permitir, muitas coisas boas irão acontecer para a melhor versão de nós.
self - 2018
🍃